
Em nota encaminhada à imprensa, na manhã deste sábado (11/4), a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia (Sepromi) informa que acompanha o caso envolvendo a prática de racismo contra o deputado federal baiano Valmir Assunção (PT). Em áudio que circula em grupos de WhatsApp e redes sociais, o parlamentar é chamado de “macaco” e ofendido com palavras de baixo calão por uma comerciante do município de Itamaraju, identificada como Jaqueline Oliveira.
“Me aponte alguma coisa que esse macaco trouxe para Itamaraju”, repete a comerciante no áudio, que já circula também em formato de vídeo em correntes de WhatsApp que viralizaram. As agressões racistas e difamatórias aconteceram após Valmir divulgar vídeo nas suas redes sociais defendendo a proposta do governador Rui Costa (PT) de instalar 20 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para tratar pacientes infectados pelo COVID-19 em Itamaraju – o que, de acordo com a afirmação da comerciante nos áudios publicados por ela, seria responsável por “levar o Coronavírus” para a cidade.
O caso está sendo monitorado pelo Centro de Referência Nelson Mandela, órgão vinculado à Sepromi onde foi formalizada a denúncia. Também foi comunicado à Secretaria da Segurança Pública (SSP) para a apuração policial. O fato pode ser enquadrado na Lei Nº 7716/89, a Lei Caó, que define o crime de racismo como inafiançável e imprescritível.
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