A ministra Cármen Lúcia, que completa dois meses à frente do Supremo Tribunal Federal (STF), pode se candidatar a presidência em 2018. A informação foi divulgada pela colunista Monica Bêrgamo.
Apesar do duelo verbal com o capitão do Senado, Renan Calheiros, sobre o episódio do “juizeco”, o estilo da ministra contribui para expor um Brasil como ele é.
A colunista lembra que a ministra prega a aplicação da Lei do Ventre Livre para que detentas não tenham filhos dentro de penitenciárias. Visita presídios pelo país, de Pedrinhas (MA) à “bem frequentada” Papuda (DF), para checar as condições da população carcerária, jogando luz sobre o tema.
Traz uma pauta mais aprazível ao cidadão brasileiro nos julgamentos do Supremo. Polêmicas como desaposentação, greve do funcionalismo, vaquejada e paternidade biológica passaram a ter destaque. Nem sempre com decisões favoráveis ao trabalhador. Mas encerrando capítulos, em alguns casos, suspensos há anos.
O fato é que, analisa a colunista, ela aproxima a Justiça da vida das pessoas. Num cenário de desencanto no Brasil e no mundo com políticos tradicionais, nomes impolutos como os de Joaquim Barbosa (nos idos do mensalão), Sergio Moro e Cármen Lúcia habitam o imaginário do eleitor brasileiro.