Líder do governo Lula no Senado Federal, Jaques Wagner (PT) criticou a demora do grupo político petista em definir quem será o candidato do grupo do governador Jerônimo Rodrigues à prefeitura de Salvador e admitiu que há um atraso em relação à decisão. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Metrópole, nesta sexta-feira (29).
Na ocasião, Wagner ainda afirmou que o PT “vai disputar tudo”, se referindo às principais prefeituras baianas. “Para mim, nós vamos disputar tudo. É óbvio que o estado é muito grande, mas, por exemplo, Salvador tem que resolver, no mínimo, já atrasadamente, dentro desse ano. Tem um processo de discussão. Lançou Robinson [Almeida], lançou Olívia [Santana], lançou [pastor] Isidório, lançou Geraldinho [Geraldo Junior]. Então, na minha opinião vai afunilar”, completou o senador, ressaltando que tanto Jerônimo quanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, concordam com a opinião dele.
Wagner também admitiu que o atual prefeito da capital baiana, Bruno Reis (União), leva vantagem na disputa, pois ele “já está sentado na cadeira”. “Toda reeleição é mais difícil você enfrentar o adversário, é claro, já que ele está sentado na cadeira e tem a ‘máquina’. Mas, na minha opinião, nós temos que ter um candidato que já tenha um handicap [vantagem] em Salvador, fazer uma chapa boa que mescle duas características diferentes de candidato a prefeito e a vice, e vamos enfrentar”, afirmou o líder do governo no Senado. Nos bastidores, circula a informação de que Geraldo Jr. e uma mulher na vice, por exemplo, representariam essa sugestão de Wagner. No entanto, o senador não citou nomes.
O senador ainda afirmou esperar que, após uma rodada de conversas, as “energias” sejam concentradas em uma única chapa, já que, na opinião dele, essa é a melhor estratégia.
“Nós vamos ter candidato em Salvador, não tenha dúvida. Eu espero que sente o grupo todo, o partido todo e afunile em torno de uma chapa. Eu acho melhor entrar com um chapa para todas as energias estarem sendo gastas nessa e aí vamos disputar. Ganhar ou perder é da eleição. Agora, para mim, até pela nossa trajetória, não tem eleição impossível e nem eleição fácil”, completou Wagner.