O governo do Uruguai confirmou nesta segunda-feira (22) que cientistas detectaram a presença da variante brasileira P1 do coronavírus em sete departamentos do país, o que explicaria o aumento progressivo de casos de infecção.
Nos últimos quatro balanços divulgados pelo Sistema Nacional de Emergência (Sinae), houve mais de 1,5 mil novos contágios diários, o que elevou o total a 81.537, com 791 mortes causadas pela Covid-19.
O Grupo de Trabalho Interagencial sobre Vigilância do vírus SARS-CoV-2 (GTU), que trabalha com sequenciamento genômico, foi o que o detectou.
A fronteira com o Brasil é um dos pontos mais preocupantes para as autoridades uruguaias desde a declaração da emergência sanitária, em 13 de março de 2020. Rivera, no norte do país vizinho, é o pior dos 19 departamentos no índice de Harvard, com 88,42 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 7 dias.
Os especialistas tinham suspeitas sobre a presença no Uruguai da variante brasileira, procedente de Manaus. Nos últimos dias, o ministro de Saúde Pública, Daniel Salinas, admitiu que a variante P1 seria um novo desafio para o seu país.
Dada a gravidade do caso, o presidente Luis Lacalle Pou convocou o Conselho de Ministros para estudar nesta terça-feira a situação e analisar medidas para combater. O grupo levará em conta que a próxima semana é a chamada Semana do Turismo — a Semana Santa no Uruguai, que oficialmente não tem feriados religiosos — e isso fará com que muitas pessoas viajem para as praias do leste ou para outros pontos do interior.
É justamente nesses dias que o presidente será vacinado contra a Covid-19, após ter feito neste fim de semana a sua marcação na agenda desenvolvida pelo Ministério da Saúde, como cerca de 170 mil pessoas de entre 18 e 70 anos de idade.
Em 1º de março, o MSP iniciou seu plano de vacinação com doses de vacinas da Pfizer e a CoronaVac que já foram administradas a 336.558 pessoas, 9,60% da população, até as 17h30 horas de hoje (local e de Brasília).