O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é nesta sexta-feira (24) mas, durante todo o ano, Lauro de Freitas permanece em mobilização pelo fim da doença, contando com 16 Unidades de Saúde da Família (USF) para tratamento. Em 2022, o município registrou 80 casos. A doença é causada pelo bacilo de Koch, sendo considerada de fácil contágio, com proliferação pelo ar quando uma pessoa infectada tem tosse, fala ou espirra.
O médico infectologista, assessor da Secretaria Municipal de Saúde (SESA), Antônio Bandeira, explica que a doença acomete pessoas em todas as faixas etárias e se não tratada, pode levar à morte. “A tuberculose se manifesta por uma síndrome infecciosa, normalmente de curso crônico, e a maioria dos pacientes apresenta febre, anorexia, emagrecimento e sudorese noturna, além dos sintomas específicos do local acometido. Entre os principais exames utilizados para diagnóstico estão a baciloscopia ou radiografia do tórax”.
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses e pode chegar até um ano, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O fluxograma de atendimento em Lauro de Freitas é simples. O paciente com sintomas é acolhido na USF mais perto de sua residência. Na unidade, recebe atendimento das equipes médicas e é encaminhado para realização dos exames. Caso seja constatada a doença, o paciente com tuberculose retira toda medicação necessária ao seu tratamento de forma gratuita na mesma USF.
De acordo com o especialista é necessário a realização do tratamento de forma correta pelo tempo indicado. Bandeira alerta que a cura só é garantida ao final do esquema terapêutico, mas os sintomas melhoram na primeira semana de tratamento. “A interrupção do tratamento antes da conclusão pode levar o paciente à resistência aos antibióticos ou mesmo a complicações que podem levar a óbito. Além disso, pode aumentar o risco de transmissão da doença para outras pessoas”, frisou.
No ano passado, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), registrou três mortes pela doença em Lauro de Freitas. A ocorrência de casos novos de tuberculose é variável entre os bairros, concentrando-se em maior número nos Distritos Sanitários de Itinga. O bairro registrou neste período 20 casos confirmados. Em seguida, aparece o bairro de Portão, com oito pessoas diagnosticadas com tuberculose. Do total de casos, apenas uma pessoa abandonou o tratamento.
Conscientização e busca ativa
Na luta pelo combate à tuberculose, durante todo o ano, os Agentes Comunitários de Saúde percorrem as áreas do município em busca de casos sintomáticos respiratórios. A estratégia é uma forma de controle e identificação de pacientes possivelmente positivos.
Além disso, constantemente os profissionais realizam atividades extra muro para alertar a população sobre a importância de buscar atendimento médico caso seja identificado os sinais e sintomas.
Prevenção
A vacina BGC (Bacilo Calmette-Guérin), obrigatória para menores de um ano, só protege as crianças contra formas mais graves da doença. Adultos não são protegidos por esta vacina. Outra maneira de prevenir a doença é identificar a “infecção latente de tuberculose”, que acontece quando uma pessoa convive com alguém que tem a doença. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde. Pessoas que possuem o bacilo recebem tratamento para evitar o adoecimento.