Na tentativa de minimizar os impactos de preconceitos que imperam na sociedade, como racismo, intolerância religiosa e LGBTfobia, a Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (SEPADHIR) e em parceria com a Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade, trouxe para a Praça Martiniano Maia (Centro), o Centro de Referência Nelson Mandela Itinerante.
O ônibus estacionado atraiu a curiosidade de pedestres que passavam pelo local. Atendimentos de orientação, informação e encaminhamento foram prestados para a população. O superintendente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SUPPIR), Adilton Ferreira, contou que esse trabalho é importante em todas as esferas. “Nós recebemos demandas quase que diárias de pessoas e segmentos que chegam até nós em busca de atendimento, seja para execução do caso ou até mesmo de orientação. São situações de vestimentas, do uso de uma conta, o fato de ser negro. O preconceito em si. Então, por essa razão, buscamos a Sepromi, que realiza um trabalho importante com o Centro de Referência, que dá essa assistencialização”, explicou.
Adilton revela que queria que nenhum caso foi registrado, pois segundo ele, somente dessa forma seria entendido que a sociedade está em evolução, mas não é o que acontece. “Confesso que não queria que tivesse nenhum atendimento, gostaria que fosse zero. Seria um símbolo, porque dessa forma entenderíamos que evoluímos enquanto sociedade, que o estado, o município, o país está evoluindo enquanto sociedade, mas infelizmente não é o caso”, completou o superintendente. Representante da Sepromi, a bibliotecária Juliana Conceição falou sobre o serviço que é oferecido pelo Centro de Referência Nelson Mandela. “O serviço itinerante tem a escuta, o acolhimento e o acompanhamento de pessoas vítimas de intolerância religiosa, racismo, LGBTfobia. E eles são assistidos pelo jurídico, social, psicológico. O serviço é disponibilizado de forma espontânea, recebemos denúncias tanto por telefone, quanto por e-mail”, frisou.
Para Felipe Gabriel, coordenador do Centro, a parceria entre os três poderes reforça a necessidade de combater todos os preconceitos. “Todas as parcerias entre União, Estado e Município, é de fato um entrelaçamento em que atendemos aos cidadãos. Esse instrumento é para o povo. É ilógico contra a saúde social as minorias serem atacadas. Seja por cor, raça, geograficamente, orientação. A sociedade merece ser educada. E aqueles que atacam pela ordem mínima, já que todo mundo tem o direito de viver. Ninguém pode atacar ninguém por ser diferente. A consciência desse instrumento tem que ser recebida como uma pedagogia. Esse é o mecanismo de trabalho dessa parceria entre Estado e a Prefeitura de Lauro de Freitas”, contou.