No dia 1º de fevereiro os deputados estaduais serão empossados e a expectativa é que nessa 20ª legislatura a prática do ‘tratoraço” – em que a base do governo que possui maioria aprove todos os projetos encaminhados pelo Executivo Estadual -, possa ter dificuldade pela oposição. Com 26 parlamentares eleitos, mais quatro do Partido Liberal (PL), cuja expectativa é que se aliem ao grupo ou se tornem independente, somando-se ao pessolista Hilton Coelho, que também se auto intitula independente, possam em tese somar 31 parlamentares contra 32 do bloco governista.
Isso, se não fosse o desafio do grupo em manter a base unida diante dos assédios do campo de esquerda, conforme frisam os opositores. Levantamento feito pelo Blog do Lau apontam a existência de alguns dissidentes. Os dois deputados do Solidariedade, Pancadinha e Luciano Araújo, presidente da sigla, por exemplo, já afirmou publicamente a intenção de compor a base do governo, mas nenhum deles confirmou.
Ainda na lista, estariam os progressistas Niltinho e Nelson Leal, ex-presidente da Assembleia. Niltinho, entretanto, de acordo com fonte próxima, nem sempre vota com governo mas de forma independente. Vando de Laerte (PSC), por conta do processo de fusão com o Podemos pode entrar na relação, mas nada ainda foi comentado. “Sendo assim, as baixas em síntese não foram confirmadas, mas em um ambiente pessimista, é certo que, ao menos, faremos uma obstrução fortíssima, o que levará a uma busca por consenso e ao fim da tratorada, da aprovação de todos os projetos do governo sem debate”, declarou um opositor, revelando que a Assembleia tende a viver uma nova conjuntura.
Para tanto, já debatem a escolha do líder em prol do fortalecimento da agremiação neste sentido. Os principais nomes para o pleito são Alan Sanches (UB), Tiago Correia (PSDB), Samuel Jr. (Republicanos) e Robinho (UB). O cenário, entretanto, teria mudado diante da composição da Mesa.