8 de abril de 2025
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Saúde

Médicos dizem que desmaios mostrados em vídeos que viralizam da China não são sintomas do Coronavírus

Vídeos que mostram pessoas caindo na rua e no transporte público na China têm viralizado na internet nos últimos dias. Mensagens associadas a eles dizem que se trata de uma reação à ocorrência de casos de coronavírus em Wuhan, na província de Hubei, na China.

Infectologistas consultados pelo G1, contudo, afirmam que a infecção por coronavírus não é tão agressiva e os sintomas divulgados nos protocolos internacionais não incluem desmaios.

Além disso, as imagens não têm fonte, origem ou data dos registros que levem ao estabelecer uma relação direta das imagens com o vírus. O G1 também consultou intérpretes de chinês que dizem que o que é falado e mostrado nos vídeos também não fazem uma conexão específica com o surto atual.

A Embaixada da China no Brasil foi consultada pelo G1, mas diz que não tem elementos que possam situar os vídeos nem dizer se eles são atuais.

Análise dos infectologistas

O primeiro ponto apontado pelos especialistas é que a evolução dos sintomas também não é tão rápida e agressiva como os casos mostrados nos vídeos. “A instalação da gravidade da doença não é imediata, os sintomas têm uma evolução. Não é caminhar na rua e cair do nada”, explica o infectologista da Universidade de São Paulo (USP), Esper Kallas.

“O coronavírus causa uma doença respiratória e por isso tem sintomas como tosse e febre. É semelhante aos sintomas de uma gripe” – Esper Kallas, infectologista

O infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, Caio Rosenthal, também reforma que os sintomas aparecem paulatinamente.

“Não acontece na infecção por vírus que acometem vias respiratórias como o coronavírus de você ir dormir bem, acordar mal no outro dia e morrer em seguida” – Caio Rosenthal, infectologista

Rosenthal acrescenta ainda que a taxa de infectados pelo novo vírus que chega a quadros graves é baixa. “É uma doença que ainda estamos aprendendo dia a dia, mas temos visto que são poucos os infectados que evoluirão para algo grave, como uma dificuldade aguda de respirar e até uma pneumonia grave.”

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