“Me respeite, eu sou mulher!”

Esse vídeo começou a circular próximo ao Dia da Visibilidade Trans. É triste, mas é pedagógico também.

Será que elas estão pedindo demais, que é o próprio respeito?!

O que há de anormal nessa situação? Claro que é a postura do machista espanhol, que chamou as meninas de “maricón”, humilhando e desqualificando-as em sua condição de viver consigo mesmas e com o restante da sociedade.

É claro que a gente é pacifista por natureza. Como se pode ver, as garotas chegaram para fazer seus lanches e ficaram quietas. Foram provocadas pelo machista chamando-as de “maricón” repetidamente com tom provocativo, o que caracteriza uma ofensa.

O termo “maricón” em espanhol é muito pesado. É tipo a palavra “bicha”.

Existem pessoas que ficam mordidas quando são chamadas de “bichas” e outras não. Assim também como a palavra “viado” que é usada para agredir, sobretudo, quando é pronunciada e escrita. Já a palavra “bixa”, quando é escrita assim, vem com uma memória afetiva, dependendo de quem escreve e da forma.

De certo, esse é um tratamento que geralmente é permitido entre iguais, uma pessoa de fora não tem licença poética para usar esses termos para tratar com uma pessoa desta comunidade. No caso do vídeo, o termo usado foi como uma arma para atingir as meninas, porque no final, o agressor utiliza um adjetivo muito pesado ainda.