Na manhã da última sexta-feira (15), líderes religiosos das comunidades tradicionais de Candomblé, Angola e Ketu, se reuniram com a Coordenadora de Assistência Social da CONDER, Priscila Monteiro e com a senhora Valéria, para discutir demandas pendentes e buscar soluções para seus problemas.
Terreiro Tumba Junçara:
A principal demanda do Terreiro Tumba Junçara, com mais de 100 anos e situado na Vasco da Gama, é a finalização das obras de sua encosta.
A obra da encosta foi realizada pelo Governo do Estado em 2022, mas a questão das águas pluviais que passam pelo terreiro ainda não foi resolvida.
O líder Tata Emeterio, presidente da Abentumba, solicitou uma nova vistoria da engenharia da CONDER para avaliar a situação.
Terreiro Kawizidi Junsara:
A líder Mãe Vitalina, que não pôde comparecer à reunião, aguarda as obras da encosta e do muro do terreiro desde o sinistro de 2021.
Paulo Sacramento, representante da comunidade, expressou a preocupação com as chuvas que se aproximam e as rachaduras no muro e na encosta.
Ele também mencionou os abalos causados pelas obras do Parque das Matas e a necessidade de uma vistoria da CONDER no local.
Terreiro Ilê Asé Jagun:
Representantes do Terreiro Ilê Asé Jagun de Alto de Coutos, liderados por Iya Nini Ivna Sousa ekedi e Gilmar Batista, também relataram problemas com a encosta e as águas da rua que invadem o terreiro.
Gilmar Batista fez um depoimento forte sobre a situação, criticando a falta de atenção da CONDER com o problema.
Um ofício já foi protocolado no SEI do Gabinete do Governador solicitando uma vistoria no local.
Terreiro Ile Asé Iba Omileji:
A Ialorixá Rita Elizabeth, do Terreiro Ile Asé Iba Omileji, situado na Estrada Velha do Aeroporto, também enfrenta problemas com o barranco e as encostas.
As chuvas causam alagamentos no terreiro, impedindo a entrada e saída de pessoas.
Há um pedido para que a CONDER realize uma vistoria no local, e um SEI já foi aberto para este fim.
Encaminhamentos:
A reunião foi considerada um momento positivo para o diálogo entre as lideranças religiosas e o poder público.
A partir de segunda-feira (18), a CONDER iniciará a análise das demandas e tomará as providências necessárias.
As visitas aos terreiros serão agendadas e comunicadas aos líderes religiosos.
Paulo Sacramento destacou a importância da parceria entre o governo e as comunidades tradicionais para o fortalecimento da cultura afro-brasileira.
A reunião entre as lideranças religiosas e a CONDER foi um passo importante para a busca de soluções para os problemas enfrentados pelas comunidades tradicionais de Candomblé, Angola e Ketu. A partir das demandas apresentadas, a CONDER se comprometeu a tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e o bem-estar dos terreiros.