O jogador de futebol Vitor da Silva Ferreira, de 16 anos, que morreu durante uma partida em Goiás, entrou em campo de última hora, pois sua escalação não estava prevista. De acordo com Wellington Basílio de Lima, diretor do Pires do Rio Futebol Clube, o plano era que o adolescente descansasse após chegar de viagem de Salvador (BA), onde morava, mas ele insistiu para atuar porque queria enviar para a mãe alguns vídeos do jogo.
Vitor morreu na tarde de sábado (18), em Santa Cruz de Goiás, a 123 km de Goiânia. De acordo com Lima, ele passou mal após uma “dividida” e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
O garoto iria se mudar da Bahia para disputar o Campeonato Goiano Sub-17 pela equipe do interior de Goiás. O diretor explica que ele estava bem e apresentou exames se mostrando apto a praticar o esporte.
“Ele não ia para o jogo porque havia chegado de viagem, ia descansar. Mas ele fez um pedido para jogar porque ia filmar e mandar para a mãe. Na última hora, o colocamos para jogar”, afirmou Lima ao G1.
“Ele estava bem. Tomou café e almoçou com os companheiros. Quinze minutos depois, ele entrou em uma dividida, saiu conduzindo a bola e três passos depois desabou em campo e caiu com a mão no peito. Foi uma fatalidade muito grande”, completa.
O corpo de Vitor, que atuava como zagueiro, foi enterrado nesta segunda-feira (20), às 17h, em Salvador. O pai dele, o perito Gilson Matias Santana, disse que o filho não tinha qualquer problema de saúde.
“Ele tinha feito os exames e estava apto. Estamos todos consternados. Era um menino bom, querido por todos. Não caiu a ficha ainda. Estamos tentando suportar a situação”, lamenta.
O delegado Diogo Andrade Ferreira, que está respondendo temporariamente por Santa Cruz de Goiás, disse que o caso está sendo investigado.
“Nós pedimos uma perícia ao IML e estamos aguardando o resultado para saber se trata-se de uma morte natural, acidental ou criminosa. Somente após isso poderemos dar andamento da investigação”, explica.