ESMERALDO PEREIRA SOBRINHO foi internado com Covid, no Hospital Espanhol, no último mês de novembro. Arrependido por não tomar as doses do imunizante contra o atual mal do século, ele alerta a população sobre a necessidade de se tomar a vacina.
“Eu não desejo a ninguém, passar o que eu passei. Eu não tinha noção do que era esta doença. A sensação de falta de ar, faz a gente pensar que vai morrer. E tudo isso, longe da família. Hoje eu entendo que a vacina pode amenizar os sintomas e salvar vidas. E aconselho: quem não ainda não tomou a vacina, tome!” – desabafou ele.
Seu Esmeraldo tem 67 anos, é técnico em eletricidade aposentado, natural de Nordestina – município baiano, a 350km de Salvador.
Casado com D. Luana Pereira, com quem tem 2 filhas e 4 netos.
Ele não tomou nenhuma dose da vacina contra a Covid, por escolha, mesmo tendo a oportunidade de fazê-lo. Nas unidades de saúde do município onde mora, há a disponibilidade da vacinação.
Disse ter decidido não tomar a vacina, por questões pessoais… porque não acreditava na eficácia de prevenção.
Logo após o feriadão de 15 de novembro, começou a apresentar sintomas de gripe, muita tosse, falta de ar, fraqueza e indisposição. Buscou atendimento médico na sua cidade e, diante do quadro clínico, foi transferido para Salvador de ambulância, sendo regulado para o Hospital Espanhol – maior Centro de Tratamento Covid da Bahia. Hoje, com 160 leitos disponíveis – 80 de UTI e 80 de Enfermaria. A Unidade é 100% SUS e o atendimento é 100% para a Covid. As taxas de ocupação que chegaram a cair para uma média de 15%, voltou a atingir os 40%.
50% dos pulmões comprometidos
Na madrugada do dia 17/11/21, por volta das 3:00, Seu Esmeraldo foi internado numa UTI do HE. Não precisou ser intubado, mas com 50% dos pulmões tomados pela doença, permaneceu por três dias no Oxigênio, como suporte para a respiração. No terceiro dia de internação, foi transferido para o Leito 306 da Enfermaria 3C. Onde permaneceu em evolução positiva e recebeu alta, na tarde do dia 26/11/21, retornando para casa, em Nordestina.
A infectologista do Hospital Espanhol, Giovanna Orrico, explica que quanto menor a circulação do vírus, menor chance de contaminação da população e menor incidência de variantes, tornando assim a população mais protegida. “É um ciclo que se instala. Quanto mais vacinas tomadas, menor a taxa de transmissão, menos variantes surgem e menor necessidade de reforço vacinal”
- reforça a médica.
Arrependido por não ter se vacinado, assustado por tudo que passou, enquanto esteve doente, muito grato a Deus e aos profissionais de saúde que o curaram e sempre cheio de fé, Seu Esmeraldo voltou para casa! Agora, com a certeza da necessidade da vacina e disposto a fazer campanha de conscientização na sua cidade. Começando pela família, onde vários membros também foram displicentes e não se vacinaram.
Que o susto se transforme em autocuidado e responsabilidade coletiva. Saúde ,Seu Esmeraldo! Saúde, Nordestina! Saúde, Nordestinos! Saúde para o Brasil e para o mundo! E consciência coletiva para todos.
Marília Simōes Mtb 1474Ba