No combate às ameaças à comunidade escolar, Lauro de Freitas sai na frente e é o primeiro município da Região Metropolitana a implementar a Campanha Cultura da Paz, Não à Violência. A iniciativa, que reúne uma série de ações estratégicas, com a participação de forças da segurança pública, sociedade civil, representações da educação pública e privada, foi lançada na manhã desta quarta-feira (19), durante a coletiva de imprensa realizada na quadra da Escola 2 de Julho, na Itinga.
O protocolo de ações foi descrito pela prefeita Moema Gramacho. Ao lado das representações que compõem a rede de apoio, a gestora fez um levantamento sobre as medidas já postas em prática, como a intensificação das rondas nas escolas e o monitoramento das redes sociais no combate às fake news. “Além disso, nós temos câmeras instaladas em todo município e estamos providenciando mais destes equipamentos para serem colocados no entorno das creches, escolas públicas e privadas e universidades no sentido de coibir esses crimes”, disse.
Além das estratégias de segurança direta, a Campanha propõe a retomada dos Conselhos dos Bairros e introduzir o tema da Cultura da Paz e Não a Violência na grade extracurricular das escolas. “Em nossas unidades estamos com o reforço de psicólogos e assistentes sociais para observar de perto nossos alunos. Todo comportamento deve ser levado em consideração, um olhar atento pode ajudar e evitar situações de conflito”, enfatizou Moema.
Outra importante medida, em funcionamento desde o último dia 10 de abril quando boatos relacionados a ataques envolvendo as escolas do município foram divulgados, foi a instituição de um Grupo de Trabalho que recebe diariamente as informações do monitoramento e administra as estratégias juntamente com as forças de segurança.
“A Secretaria de Educação está promovendo capacitações para os agentes de portaria no intuito de alertá-los quanto a melhor forma de realizar abordagens e em breve será a vez dos cuidadores participarem da reciclagem. Professores também estão em curso voltados para observação nas redes sociais e esses professores servirão de multiplicadores para diferenciar as notícias que são verdadeiras ou fake”, destaca a secretária de Educação, Vânia Galvão.
O estudante do 8ª ano da Escola 2 de Julho, Michel Santos, 12 anos, conta que nunca presenciou nenhum tipo de situação de violência na unidade, mas que ultimamente sente medo em ir para escola. “Eu penso sempre sobre esse assunto e me preocupo porque a gente nunca sabe quem pode fazer algo assim”, refletiu. Para a também aluna do 9º ano do Colégio 2 de Julho, Jasmin Sena, 14 anos, a questão da violência nas escolas é sempre debatida dentro de casa. “Enquanto alunos não temos muito o que fazer, mas me sinto confiante diante das ações apresentadas hoje”, falou.