O Conselho Nacional de Justiça fará uma Correição Extraordinária em diversos órgãos de Maceió entre os dias 17 e 20 de janeiro, na esteira de investigações sobre o afundamento de bairros da capital alagoana em razão das décadas de extração de sal-gema pela Braskem.
Trata-se de um procedimento interno do CNJ, cuja atribuição é punir internamente possíveis infrações disciplinares de servidores e pessoas sujeitas às normas da administração pública. Esse tipo de processo pode ser realizado a qualquer momento pela Corregedoria do órgão.
O corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, acompanhará os trabalhos presencialmente.
Estão previstas visitas institucionais e reuniões na prefeitura de Maceió, no Tribunal Regional do Trabalho, na Vara Federal de Maceió, além da Assembleia Legislativa de Alagoas.
A crise socioambiental na capital alagoana é acompanhada pelo CNJ desde o rompimento da Mina 18, no início de dezembro. A situação, porém, não é recente.
Os primeiros impactos da exploração de sal-gema foram sentidos em 2018. A atividade, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil, foi responsável pela formação de crateras subterrâneas, que abriram rachaduras em ruas, prédios e casas. O desastre deixou ao menos 60 mil desalojados.