21 de abril de 2025
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Blog do Lau

Baiana em Israel fala sobre viver em um país em guerra: ‘Como se fosse nos tempos do coronavírus’

Há quatro anos, a veterinária Katharyne Alves, de 28, saiu de Vila de Abrantes, em Camaçari, a 50 quilômetros de Salvador, e foi morar em Tel Aviv, em Israel. Em todo esse tempo, ela, que namora um israelense e trabalha em um hospital veterinário, nunca passou por um conflito tão sério quanto o que está acontecendo desde o dia 7 de outubro, após o grupo extremista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atacar o país vizinho.

“Vim morar aqui por causa do meu namorado. Ele morou no Brasil um tempo, a gente se conheceu nesse período, e eu decidi vir morar aqui. Quando eu vim, não tinha muito conhecimento da dimensão que os conflitos poderiam chegar, então, não tinha muito medo de que fosse acontecer”.Nas últimas três semanas, o Itamaraty deu início à operação “Voltando em Paz”, que trouxe de volta para o Brasil 1.410 brasileiros, três bolivianas, a pedido do governo da Bolívia, e mais de 50 animais domésticos em nove aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Ainda segundo o Itamaraty, há um grupo de 30 brasileiros e familiares diretos que esperam para sair da Faixa de Gaza, que tem as fronteiras controladas por Israel há décadas. Por pior que seja, é bem simples: há anos, ninguém pode deixar Gaza. A maioria dos moradores do território, habitado por refugiados palestinos, mulheres e crianças, nunca saiu de lá.

Há uma fronteira com o Egito, ao sul do território, nas localidades de Khan Younis e Rafah, mas o governo israelense também decide quem pode passar pela divisa. Até o momento da publicação desta reportagem, esses 30 brasileiros e dezenas de outros estrangeiros continuam presos em Gaza, sem energia, água, comida ou medicamentos, e sem perspectiva de resgate. Após dias de negociações, a Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu a autorização de Israel para entrar na terra palestina com caminhões carregados de mantimentos.

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