O senador Jaques Wagner criticou nesta quinta-feira (20) o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, ao rebater a fala de que era uma obrigação dele e do governador Rui Costa (PT), visitar as cidades afetadas pelas chuvas na Bahia.
Segundo o petista, a ponderação de Neto, pré-candidato ao Governo da Bahia, foi uma tentativa dele “fugir do vexame” de não ter visitado a região afetada, e que a população sofria enquanto o ex-prefeito estava “passeando”.
“Eu fui porque é o meu papel como senador e o de Rui como governador, como qualquer homem público, ter responsabilidade e externar solidariedade. Se ele está querendo fugir do vexame que foi para ele, está pouco se lixando para o povo da Bahia enquanto o povo estava sofrendo, e estava passeando, aí é o juízo dele. Quem julga é o povo, não sou eu”, declarou Wagner, que deve enfrentar ACM Neto este ano na tentativa de retornar ao Palácio de Ondina.
NEGOCIAÇÕES COM MDB
Sobre a recente aproximação de ACM ao MDB na Bahia, Wagner diz que também mantém conversa com o partido e que por enquanto não teve nenhuma intercorrência. Para o senador, não existe chance da “unidade do grupo” ser desfeita.
“A conversa tá boa com todos os partidos agora eu não posso garantir, pois a decisão sempre será dos partidos, mas a conversa com MDB está andando, a conversa com os partidos da base estão muito boas, eu não vejo nenhuma chance de quebra dessa unidade do grupo”, analisou.
“O grupo é um grupo que tem unidade dentro da diversidade. Partidos que tem, evidentemente, construção diferenciada. Uma unidade em torno de um trabalho que a gente vem fazendo há 15 anos e fora isso estamos trabalhando com outro, então eu tenho certeza que vamos chegar bem, vamos chegar forte na eleição de outubro”, completou o petista.