As polêmicas em torno da reforma da previdência, na avaliação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), são defensáveis. Deputados baianos ouvidos pelo BN, no entanto, divergiram sobre a afirmação.
Para Félix Mendonça Jr. (PDT), “a reforma tem que preservar os direitos adquiridos”. “Mudanças que impeçam o trabalhador de se aposentar, não pode. Para passar, o projeto vai ter que ter modificações, não podemos convencer o trabalhador a ficar velho para se aposentar”, criticou.
Já José Carlos Aleluia (DEM) disse estar “convencido” de que a reforma é para “proteger os mais pobres”. “Estava com o presidente da Câmara e saí convencido de que a reforma é para proteger os mais pobres. É uma reforma altamente favorável para quem tem vários empregos ao longo da vida e não consegue se aposentar por tempo de contribuição”, apontou.
O deputado refutou ainda a existência de “movimentos de rua” para barrar a reforma. “Não tem movimento da rua contra a reforma, tem movimento da rua contra a corrupção. O povo sabe que a reforma quer garantir a previdência”, acredita.
Daniel Almeida (PCdoB) disse achar “estranho” o presidente da Câmara anunciar pressa na votação. “Discordo da opinião do presidente. As propostas são todas muito danosas aos trabalhadores. Não há como justificar o conteúdo da proposta. Você percebe que quem defende não tem convicção da defesa. Faz só por obrigação com o governo”, afirmou.
Segundo Cacá Leão (PP), a reforma é “necessária”, mas existem excessos. “Acho a reforma necessária, tanto ela como a trabalhista. Acho que tem coisas nela exageradas. Acho que a contribuição de 49 anos para receber a aposentadoria integral exagerada. Mas acho que a idade mínima tem que ter. A gente tem que mexer realmente, sou contra acumular benefícios, tem alguns pontos que precisam passar por alterações”, reconheceu.