A advogada Renata Bebianno, viúva do ex-ministro Gustavo Bebianno, afirmou em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público que destruiu o último celular do marido, um iPhone X. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ela foi ouvida no início de dezembro na investigação sobre esquema de disparos de WhatsApp na campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018.
O aparelho teria registros de conversas durante o período de um ano e meio entre Bebianno e Jair Bolsonaro. Em vida, o ex-ministro chegou a dizer que tinha um material com provas graves contra o presidente e que este material estava guardado fora do país, por motivo de segurança, para o caso de alguma coisa lhe acontecer.
Renata acabou não convencendo os investigadores ao alegar que não fez pesquisas no celular do ex-ministro antes de destruir o aparelho. Bebianno chegou a ser intimado antes de morrer, mas não deu tempo de ser ouvido. A advogada alegou ainda durante a oitiva que o companheiro vinha se queixando de fraqueza e mal estar dias antes de morrer.
Ele estava com o filho em um sítio em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, quando sofreu um infarto fulminante. O ex-secretário de 56 anos chegou a ser levado a um hospital onde tentaram reanimá-lo, mas não resistiu e morreu em março deste ano.