A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o vídeo postado em 10 de janeiro, que questionava as urnas eletrônicas, foi publicado acidentalmente nas redes sociais por o político estar sob efeito de remédios. Ele prestou depoimento na Polícia Federal (PF), nesta quarta (26), no inquérito que apura os ataques antidemocráticos em Brasília.
“Tanto a postagem foi acidental, que ele não fez nenhum comentário em cima desse post e apagou logo na sequência. O presidente, quando saiu de férias, tratou a eleição como página virada. Em momento algum você vai encontrar alguma declaração dele falando que a eleição foi fraudada”, declarou Paulo Bueno, um dos advogados de Bolsonaro.
O ex-mandatário foi ouvido pela PF por cerca de duas horas. Ao fim da oitiva, representantes alegaram que Bolsonaro estaria sob efeito de medicamentos quando fez a publicação, por ter sido hospitalizado, e que a intenção do político era armazenar o vídeo para assistir depois. A defesa relatou ainda que as eleições de 2022 é considerada “página virada” e que o cliente chegou a se manifestar contra a depredação ocorrida as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
“O presidente repudiou na noite do dia 8 todos os acontecimentos lamentáveis que aconteceram aqui em Brasília. Fim da eleição, o presidente virou a página política dele. Ele enfrentou um processo de erisipela severo. O presidente não recebeu pessoas no Palácio, não articulou politicamente, ele se fechou. E no dia 30 ele viajou para os Estados Unidos, onde permaneceu até o final de março”, reiteraram.