Dos 11 vereadores eleitos no município de Valente, seis faltaram à sessão desta terça-feira (28), da Câmara. Os parlamentares faltosos são da situação. E eles já entraram com dois pedidos de liminares negados pela Justiça para anular a votação das contas do ex-prefeito.
Segundo a vereadora Leninha, a falta dos vereadores é para evitar entrar em pauta a votação das contas do ex-prefeito Ubaldino Amaral.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) deu parecer pela reprovação das contas. E o prefeito precisa de 08 votos para aprová-las e mudar o parecer do Tribunal. Ubaldino é pré-candidato à eleição para prefeito neste ano.
Os parlamentares que faltaram à sessão foram: Romilson Cedraz, Mabel Amaral, Vado, Zé de Zely, Luizinho e Guto.
O vereador Romilson Cedraz justificou a falta. Ele informou que estava acompanhando o nascimento da neta. O vereador Guto disse que estava em viagem a Salvador e disse que não chegaria a tempo.
Os demais disseram informalmente que estariam num encontro do Partido Democratas (DEM) em Salvador.
Durante a sessão, a vereadora Leninha usou a tribuna para repudiar a falta dos colegas. “Repudio a falta em massa dos vereadores”, afirmou a vereadora. “Meus sentimentos de decepção ao vereador Zé de Zely. Eu quero ver se na próxima sessão eles vão fugir”, questiona Leninha.
“Eu vejo o povo pedindo socorro”, afirma o vereador Lomanto na tribuna. “Para nós vereadores, que trabalhamos com os princípios da administração pública como moralidade e ética, perguntamos onde querem chegar os vereadores faltando a sessão. Esperamos que na próxima sessão os vereadores (faltosos) venham para a Câmara defender o povo”, acrescentou.
Por conta da falta de quórum, a votação não entrou em pauta essa semana. Segundo um membro da Mesa Diretora da Câmara, é provável que entre em votação na semana que vem.
O presidente da Câmara de Valente, Cezar Rios, questiona que dos 4 vereadores que disseram ir à Salvador para encontro do DEM, apenas 2 são do partido.
Caso Ubaldino*
O ex-prefeito Ubaldino Amaral de Oliveira (DEM) teve seu mandato cassado, em junho de 2012, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por gastos ilícitos durante a campanha eleitoral em 2008, quando ele venceu as eleições.
Ubaldino Amaral foi afastado por doação de camisas. Ele comprou e distribuiu 5 mil camisas durante as eleições de 2008.