Foto: Claudia Cardozo
O relatório da Polícia Federal que culminou com os mandados de busca e apreensão em endereços do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB), durante a Operação “Cui Bono?” na última sexta-feira (13), levantou uma dúvida no líder da oposição ao prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara de Salvador, José Trindade (PSL). No documento da PF, uma troca de mensagens entre Geddel e o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro cita que “Gustavo” iria participar de um encontro em São Paulo representando-o. Na mensagem interceptada, Altair, o representante de Cunha, ficará hospedado no apartamento 1302 do Clarion da rua Gerônimo Veiga, Itaim paulista. Gustavo, homem de Geddel, chegará a São Paulo de avião e depois voltará de ônibus e, seguindo instruções de Cunha, não deverá chegar ao hotel de carro, pois Altair o levará até a rodoviária no carro de Cunha que já estava em São Paulo. No contexto, segundo a PF, esse interlocutor seria responsável por buscar as “contrapartidas” para liberações de crédito junto à Caixa Econômica Federal, foco das investigações. “Gustavo” seria considerado um homem de confiança de Geddel. Segundo o vereador, existe uma coincidência entre pessoas de confiança do ex-ministro. Em Salvador, esse nome poderia ser Gustavo Ferraz, indicação do PMDB para o segundo escalão da prefeitura de Salvador, no comando da Defesa Civil (Codesal). “Espero não se trate do mesmo Gustavo”, frisa o vereador. “Caso contrário, fica caracterizado mais um escândalo envolvendo a administração do prefeito ACM Neto”, pontua Trindade.