Django estava respondendo ao processo em liberdade e morreu em confronto com policiais
(Foto: Reprodução)
O traficante Jackson Bandeira Pinheiro, o Django, morreu durante confronto com policiais civis na sexta-feira (14), em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Ele é suspeito de ter matado o sargento da Polícia Militar Jackson Luís Pereira da Silva, 54 anos, durante um assalto a um bar em Jauá, no mesmo município, em junho de 2014. A vítima era lotada no 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Camaçari).
O assassinato do PM aconteceu no dia 9 de junho, na Rua Direta de Jauá. O militar estava em um bar, por volta das 20h, quando foi surpreendido por Jackson e dois adolescentes. A vítima atirou no bandido, mas também foi baleada e morreu no local. Segundo a assessoria da Polícia Civil, o suspeito estava respondendo ao processo em liberdade.
Nesta sexta-feira, os investigadores da 26ª Delegacia (Vilas de Abrantes) foram até a localidade de Estiva de Buris, em Camaçari, em busca do suspeito. Desta vez, Jackson estava sendo procurado pelo assassinato de Ubiracy Júnior Nascimento Santos e pelas tentativas de homicídio de Maurílio Lima Santos e Rafael dos Santos Agostinho. Os três crimes aconteceram na mesma sexta-feira e, segundo a polícia, têm relação com a disputa pelo tráfico de drogas.
Em nota, a assessoria informou que os investigadores encontraram com Jackson e que ele não estava sozinho. Houve confronto e o suspeito foi baleado.
“Quando chegaram ao local, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram. No confronto, atingiram Jackson, que foi socorrido para o Hospital Menandro de Faria, mas não resistiu aos ferimentos. Outros dois traficantes que estavam no imóvel conseguiram fugir e ainda não foram identificados”, diz a nota.
Dentro do imóvel em que os suspeitos estavam os investigadores encontraram uma submetralhadora de fabricação caseira, um carregador, um revólver calibre 38, munições, uma porção de cocaína pura, outros 45 pinos da droga, trouxinhas de maconha e pedras de crack, além de material para embalar o material. Jackson era integrante da quadrilha do traficante Cássio dos Santos Oliveira, o Cassinho – que comanda o tráfico de drogas no município. Ele atuava como gerente do traficante.
Drogas e armas encontradas pelos investigadores com o suspeito
(Foto: Reprodução/ Polícia Civil)
Sargento assassinado
Na época, a polícia divulgou que o militar atirou contra o bandido porque não viu que ele estaca com outros dois comparsas. Mesmo estando ferido, o assaltante reagiu e baleou o PM quatro vezes com um revólver calibre 38. O sargento não resistiu aos ferimentos e morreu no local do crime. Os bandidos fugiram levando a arma do policial, uma pistola calibre 380.
Nesta terça-feira (18), a titular da 26ª Delegacia (Abrantes), Daniele Monteiro, contou que os suspeitos foram até o bar com o objetivo de roubar e matar o policial. “Nos depoimentos os adolescentes confirmam que toda a ação foi pensada. Jackson chamou os dois para participarem da ação e contou que a ordem era roubar e matar”, afirmou.
Jackson fugiu para Portão, onde abandonou o veículo utilizado na fuga, um Honda Fit, no estacionamento de um supermercado. Poucas horas após o crime, ele foi flagrado por policiais da 26ª Delegacia quando procurava atendimento médico no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, onde foi autuado em flagrante por homicídio.
Na madrugada do dia seguinte, um adolescente suspeito de envolvimento na morte do sargento foi apreendido no distrito de Jauá.
Fonte: Correio da Bahia