O vereador e professor Henrique Carballal (PDT) criticou o posicionamento da APLB/Sindicato de ir contra o retorno das aulas 100% presenciais na Bahia. Na manhã desta segunda-feira (18), a APLB/Sindicato acionou o Ministério Público do Estado da Bahia e o Ministério Público do Trabalho para derrubar a decisão do governador Rui Costa (PT), que marcou para hoje o retorno completo dos alunos às escolas da rede estadual, medida que o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), já havia adotado desde o mês passado.
A APLB/Sindicato alega que tanto a Prefeitura de Salvador como o Governo do Estado da Bahia estão desobedecendo o protocolo de biossegurança estabelecido.
Segundo o vereador, ao ir contra a retomada integral do ensino presencial no estado, o sindicato age semelhante aos negacionistas. “Eu queria parabenizar a APLB por ter convocado e participado da manifestação no último dia 2 de outubro contra o governo Bolsonaro, onde se fizeram presentes trabalhadores da educação. Teve até trio elétrico em uma grande aglomeração contra o governo radical, anticiência, negacionista, anti-educação, que é contrário a uma universalização do ensino. Agora, eu não compreendo essa posição de ir contra o retorno das aulas, que se torna tão reacionária quanto àqueles que defendem a posição do governo anticiência”, afirmou Carballal.
Ele frisou que “nós, democratas, acreditamos na ciência contra a pandemia, pois a vacina é uma grande forma de prevenir a população. Em Salvador, 80% das pessoas tomaram a 1º dose. Negar o direito das crianças de retornarem às salas de aulas alegando questões de biossegurança é negar que a ciência cumpre o seu papel”, criticou Carballal.
Segundo o parlamentar, o ato da APLB é tão “reacionário e anticiência quanto ao daqueles que defendem que, mesmo sem a vacinação, a vida pode voltar ao normal”.
Ano letivo
Ele frisou que “não existe ano letivo que se recupere. Apesar das aulas terem retornado, mais de 40% dos estudantes não estão comparecendo, e não é por causa do ensino híbrido, e sim porque os pais estão com medo, perderam o hábito de levar os filhos para a escola.
O discurso anticiência é tão criminoso como aquele que defende uma paralisação na educação. Isso terá reflexo no futuro, é preciso que o professor Rui reveja essa posição, pois o docente de verdade quer a boa educação para todos os alunos”, destacou Carballal.