Nesta quinta-feira (08), os alunos do Colégio Fénix foram contemplados com muita conversa, performances, reflexões sobre o processo de escravidão e opressões vivenciadas no cotidiano. A atividade faz parte do V Encontro Sem Fronteiras de Teatro do Oprimido, que foi iniciado na quarta-feira (07) e segue até domingo (11), com diversas oficinas nas escolas da rede pública municipal. O evento está sendo promovido pelo grupo Lauro Criativa, GTO Bahia e Rede Sem Fronteiras, com apoio da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas.
A proposta do encontro é fortalecer a troca de conhecimento e interação entre os alunos. Todas as oficinas estão sendo ministradas por artistas, com dança, literatura, artes visuais, sempre abordando a questão da decolonialidade. No Colégio Fênix, a atriz, poeta e professora de Teatro, Leila Santos, levou dinâmicas para que os alunos pudessem falar sobre as situações de opressão vivenciadas e sugerir soluções. Ela explica que o Teatro do Oprimido (TO) é um método bastante utilizado, que parte do princípio de que a linguagem teatral é a linguagem humana usada no cotidiano.
“A oficina que fizemos foi bastante proveitosa. Trabalhamos as contribuições do teatro do oprimido para a decolonialidade. As crianças relataram as opressões cotidianas, vividas na escola, no bairro, etc. Falamos também sobre os signos periféricos, as questões do processo de escravidão até os dias atuais. Criamos cenas do cotidiano deles. Através dessas imagens, trabalhamos as soluções, com o intuito de mudar as relações com o outro”, comentou.
A aluna do 5º ano, Clara Coelho, 12 anos, saiu muito feliz da atividade e reflexões acerca das opressões. “Eu adorei a oficina. A gente conseguiu falar um pouco sobre as nossas experiências. Fizemos algumas encenações e até dançamos músicas africanas no final. Aprendi muita coisa legal”, disse.
Para conferir a programação e participar das oficinas, basta acessar o site (www.laurocriativa.com.br). Cada atividade tem em média a duração de duas horas, com entrega de certificado.