Um dos 50 senadores a defender o voto abertona eleição para a presidência do Senado, o baiano Otto Alencar (PSD) criticou a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a votação secreta no pleito.
Para o presidente do PSD baiano, o ministro interferiu em uma questão que caberia apenas aos parlamentares. “Decisão tem que ser interna corporis. Ele está desrespeitando a decisão de 50 senadores”, opinou o senador.
Otto disse ainda que iria “contestar” a decisão de Toffoli, mas acredita que o Senado vai “se curvar” ao Supremo “mais uma vez”.
No entanto, apesar de defender a votação aberta, o senador criticou o seu colega Davi Alcolumbre, responsável por conduzir a sessão nesta sexta-feira (1º) e adversário de Renan Calheiros (MDB) na briga pelo comando da Casa.
Ainda na sexta, enquanto presidia os trabalhos, Alcolumbre (DEM) comandou a votação na qual a maioria dos senadores decidiu pelo voto aberto – o placar foi de 50 a 2, com uma abstenção e 28 parlamentares que não se posicionaram.
“Sendo candidato [a presidente], ele não poderia comandar a sessão preparatória respondendo a questão de ordem e decidindo a favor dele. Davi ficou muito pequeno quando quis deliberar em causa própria”, defendeu Otto.
O parlamentar baiano contou ainda que vai se reunir neste sábado com um grupo de senadores que busca uma “terceira” via para presidir a Casa.
Segundo Otto, fazem parte do grupo Cid Gomes (PDT) e os tucanos Antonio Anastasia e Tasso Jereissati – que quase foi às vias de fato com Calheiros nesta sexta – entre outros.
Jereissati já desistiu da candidatura à presidência do Senado, ao contrário de Ângelo Coronel, correligionário de Otto, que mantém o nome na disputa.