O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deve renunciar nesta quinta-feira (7/7) ao posto de líder do Partido Conservador, mas ele pretende continuar como primeiro-ministro até sua sucessão, segundo a BBC apurou. A informação foi publicada, nesta manhã, pelo Uol.
Ainda de acordo com a publicação, o partido está dividido se Johnson deve continuar ou não no posto de primeiro-ministro. De toda forma, a expectativa é que uma nova disputa pela liderança do Partido Conservador ocorrerá neste verão no hemisfério norte (ou seja, até setembro) e Johnson continue como primeiro-ministro até o outono no hemisfério norte (com início no fim de setembro). No Reino Unido, o primeiro-ministro é o líder do partido que tem maioria na Câmara dos Comuns.
A crise política que levou à decisão de renúncia, ressaltou o Uol, foi desencadeada pela nomeação pelo ex-primeiro-ministro do aliado e parlamentar Chris Pincher, do Partido Conservador, para um cargo no governo, mesmo após ser informado de uma queixa contra Pincher por assédio sexual.
A mais recente crise foi iniciada após o governo mudar as versões sobre o conhecimento por parte do primeiro-ministro acerca dessas denúncias de abuso sexual.
Ainda de acordo com a publicação, nos últimos dias, ele tem enfrentado uma rebelião interna em seu governo, com aliados próximos favoráveis à sua renúncia. Mas até aqui estava resistindo a deixar o cargo. Johnson disse aos parlamentares que não seria correto “se afastar” em meio a pressões econômicas e à guerra na Ucrânia.
A queda de Johnson foi precedida pela renúncia de dois dos ministros mais importantes do governo: Sajid Javid (Saúde) e Rishi Sunak (Finanças). Ambos são nomes fortes para suceder Johnson. Em seguida, dezenas de assessores deixaram o cargo no governo.