Entre cores, música e ancestralidade, na tarde desta quarta-feira (28), no subsolo da Secretaria de Justiça , Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), servidores, colaboradores e convidados puderam prestigiar a Vlll Edição do Novembro Azeviche, que esse ano apresentou o tema “Consciência Negra para Além do Novembro”. A programação contou com a exposição de produtos com temática racial, apresentação de samba de roda e um desfile com traje afro, produzidos pela estilista Madalena Silva, da Negrife, além da exposição fotográfica.
Cezar Lisboa, secretário da SJDHDS, destacou a importância dos debates sobre o povo negro e disse que “enquanto secretaria, temos a obrigação de discutir sobre a construção de direitos e igualdade para todos. Pensar sobre a importância do povo negro é discutir sobre a própria história do Brasil e da Bahia. Sem essas discussões não avançaremos”, disse ele. Lembrando ainda de Zumbi dos Palmares como precursor das lutas e destacando a importância dos debates sobre o povo negro.
Para a presidente da comissão, Isaura Genoveva, discutir sobre racismo nas instituições públicas faz com que os avanços sejam alcançados.“ Entendemos esse espaço com um lugar de resistência. A gente sabe que existe racismo, sexismo, intolerância religiosa e LGBTfobia. Então, precisamos discutir essas pautas para conseguirmos avançar. Trazer pessoas importantes para o movimento negro, junto com o secretário, é dizer que há aqui na SJDHDS temos um olhar diferenciado e fazemos esforços diários para combater todo tipo de violência”, disse ela.
Na oportunidade, a emoção tomou conta da plateia quando foi feita foi feita uma homenagem ao mestre Moa do Katendê, assassinado no mês de outubro, por divergências políticas. Com as presenças da viúva do capoeirista, Eliene Reis, e uma das suas filhas, o público cantou “Mestre Moa”, música de Caetano Veloso que diz “Mestre Moa, redenção/ Nós seremos sua voz/ Suas pernas, suas mãos/ Venceremos seu algoz”.
Ailton Ferreira, representante da Sepromi, falou sobre a importância do Novembro Negro e os avanços na reparação histórica com a população negra no Brasil. “O Brasil tem uma dívida histórica com o povo negro. O Novembro Negro é importante para nos faça discutir sobre os avanços nas políticas públicas. Os debates precisam ser constantes para a garantia e manutenção dos nossos direitos, disse Ailton.