O Itaú e o Santander não demitirão trabalhadores enquanto a pandemia gerada pelo coronavírus (COVID-19) não for superada. A decisão foi comunicada ao Comando Nacional dos Bancários, nesta terça-feira (24/03), em reunião por videoconferência, quando os bancos deram respostas às reivindicações apresentadas pelo movimento sindical. O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, e o presidente da Feeb, Hermelino Neto, participaram da reunião que tratou destes assuntos.
Na avaliação de Augusto Vasconcelos, “trata-se de importante vitória dos sindicatos, mas continuaremos atentos para que a cobrança de metas seja suspensa nesse momento grave da história mundial”. Lembra ainda que as negociações coletivas já possibilitaram a liberação de mais de 200 mil bancários para o trabalho em casa (teletrabalho), o que inclui todos que fazem parte dos grupos de risco e gestantes.
Vidas em risco
Neste momento em que a pandemia ameaça milhares de vidas, cada medida de proteção à saúde coletiva que o Sindicato conquista é importante. A Caixa e o Banco do Brasil anunciaram que vão liberar os funcionários para trabalhar em casa, mantendo só os serviços essenciais e o atendimento presencial apenas para pessoas que não têm outro meio.
Santander, Itaú e Bradesco também anunciaram medidas de contingenciamento para a entrada nas agências. O Santander diminuiu unidades por localidade e deu férias coletivas a parte do quadro de funcionários.
Outras conquistas
Todos os que estão com suspeita de terem contraído o vírus e os que tiveram contato com estes foram liberados do trabalho e as unidades em que eles trabalham são higienizadas segundo as orientações das autoridades sanitárias, conforme acordado.
Os bancos também prometeram intensificar as campanhas de comunicação, inclusive na TV, sobre as medidas sanitárias de prevenção e as posturas sociais a serem tomadas para impedir ou reduzir a propagação da doença.