Os recentes episódios de violência e vandalismo registrados nas filas e nas áreas de autoatendimento nas agências, revelam os riscos que já havíamos denunciado há algum tempo.
Grande parcela das pessoas está desesperada, sem ter alimentos em suas casas e sem qualquer fonte de renda. O Auxílio emergencial foi uma conquista nossa e não nos recusamos a pagar.
Porém, em razão do alto nível de stress e das grandes aglomerações que temos verificado, além da exposição à contaminação, bancários, clientes, vigilantes e prestadores de serviços também sofrem com episódios lamentáveis de agressão.
Estamos propondo que os bancos assumam sua responsabilidade contratando pessoal treinado, com devida proteção, para ajudar na organização das filas, respeitando a distância mínima de 2 metros entre as pessoas. Ao mesmo tempo, reiteramos que a Prefeitura e o Governo do Estado disponibilizem a guarda municipal e a polícia para auxiliar nos pontos de maior aglomeração, visando evitar incidentes como os que temos verificado nos últimos dias.
Montamos um comitê de crise com os bancos desde o início da pandemia. Estamos monitorando o funcionamento das agências em todo estado e tratando desses assuntos com as direções das empresas. Não nos recusamos a trabalhar, mas reivindicamos condições dignas para realizarmos esse atendimento.
Augusto Vasconcelos
Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia