Demissão de 5 mil funcionários até o início de fevereiro, a desativação de 361 unidades, entre as quais 112 agências e 242 postos de atendimento, um ataque aos direitos dos trabalhadores, que estão sendo removidos dos seus pontos, com comissões reduzidas. Este será o saldo negativo da reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil.
Para denunciar as consequências da proposta do governo Bolsonaro, o Sindicato dos Bancários da Bahia promove às 11h desta quinta-feira (21/01) um ato na agência do Shopping da Bahia, conhecido como Iguatemi. Os protestos fazem parte do Dia Nacional de Luta contra o Desmonte do BB, que vão contar também com mobilização nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens.
De acordo com o Presidente do Sindicato e Vereador de Salvador, Augusto Vasconcelos, “as manifestações ocorrem em todo o país e servirão de alerta à sociedade sobre os prejuízos do desmonte do Banco do Brasil, que na Bahia pode fechar cerca de 26 agências na capital e no interior. A instituição financeira é responsável pelo financiamento à agricultura familiar, esporte, cultura e outras áreas sociais, contribuindo para o desenvolvimento do país”.
Os cortes previstos na reestruturação do BB não fazem menor sentido. O lucro líquido, em 2020, foi R$ 17 bilhões. Crescimento de 122% em relação ao ano anterior. A base clientes cresceu e atingiu 73 milhões. Porém, mais de 17 mil postos de trabalho foram eliminados e 1.058 agências fechadas nos últimos cinco anos, entre o início de 2016 e setembro do ano passado.