Após o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), anunciar que, até 31 de dezembro, Salvador deve ter o mesmo número de leitos de UTI Covid-19 que havia no auge da pandemia (leia mais aqui), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se mobiliza para abrir leitos em diferentes locais da cidade. Na projeção da gestão municipal, contudo, não é pensada a remontagem do hospital de campanha do Wet’n Wild, desativado no último mês.
O Bahia Notícias apurou com uma fonte ligada à SMS, em condição de anonimato, que podem ser abertas entre 10 e 20 leitos numa tenda a ser montada ao lado da UPA de Valéria. A prefeitura também estuda a instalação de mais 10 leitos no Hospital Salvador, além de ampliações no Sagrada Família, que pode ter 60 leitos – no auge da pandemia, eram 40.
A estimativa da pasta também é que, até a próxima sexta-feira (11), o Centro de Referência do Itaigara esteja funcionando em sua plena capacidade.
De acordo com a apuração do BN, podem ser abertos mais leitos clínicos num local a ser definido na Pituba – atualmente, estes estão 81% ocupados na capital baiana. Neste espaço, a gestão municipal pode abrir, ainda, outros 10 leitos de UTI.
A avaliação dentro da prefeitura, no entanto, é que todos os leitos não devem ser entregues até o último dia do ano. As festividades de Natal e Réveillon podem atrasar o planejamento.
EXTINÇÃO DO WET
A prefeitura vem adotando esta estratégia após complicações com o hospital de campanha montado no Wet.
Segundo apurou a reportagem, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) vinha questionando as condições de trabalho no local, inclusive com instauração de inquérito, para apurar o atraso nos repasses salariais aos colaboradores. Internamente, havia críticas à Associação Saúde em Movimento (ASM), organização social (OS) que geriu a unidade hospitalar no período. De acordo com a apuração, a empresa tinha problemas, como atrasos na prestação de contas do hospital