Foto: Daniel Valença/Jornalistas Livres |
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
Foram ocupadas mais duas no Rio Grande do Sul e outras cinco no Rio Grande do Norte, sendo duas da rede estadual. Em Pernambuco, foram ocupadas dependências da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Em Minas Gerais foi ocupado o campus Januária do Instituto Federal.
De acordo com os alunos do IF CReal, a ocupação teve início com cerca de 100 alunos. Eles são contrários à aprovação da PEC 241, aprovada ontem em primeiro turno na Câmara dos Deputados, a projetos alinhados com a Escola sem Partido e os cortes orçamentários que a instituição vem sofrendo a cada ano. Há o risco, segundo eles, de as atividades serem encerradas.
À RBA, os estudantes da ocupação disseram que a PEC trará prejuízos para a educação e saúde pública. E sendo Realengo um campus de graduação que oferta somente cursos na área da saúde, como Fisioterapia, Farmácia e Terapia Ocupacional, haverá prejuízos na vida acadêmica e profissional.
Eles disseram ainda que o projeto Escola sem Partido evitará que os estudantes tenham pensamento crítico dentro do ambiente de aula, o que eles não podem aceitar. E com relação aos cortes no orçamento, lembraram que vários alunos dependem das bolsas que o campus oferta para pagar aluguel, alimentação e transporte. E destacaram que a comunidade de Realengo e entorno deverá perder o atendimento em fisioterapia e terapia ocupacional prestados gratuitamente pela Clínica Escola. Eles disseram contar com apoio da gestão e de professores, e alguns estão na ocupação neste momento.
Sem mandado judicial, Polícia Militar desocupa escola em Sorocaba (SP)
A Escola Estadual Ossis Salvestrini Mendes, em Sorocaba, única ocupada no estado de São Paulo, foi desocupada no início da manhã de hoje (11) pela Polícia Militar com ajuda da Guarda Civil Municipal. Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), havia 25 viaturas e quatro cães farejadores para retirar os 35 estudantes sem mandado judicial. À imprensa da SMetal, alunos relataram violência, com arrombamento do portão e ordem para todos deitarem no chão, com armas apontadas para suas cabeças.