O secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, pôs em dúvida, na manhã desta segunda-feira (28), a capacidade da prefeitura de Salvador de gerir os hospitais caso acabe a gestão compartilhada.
Luiz Galvão, que é secretário municipal da Saúde, quer que a capital baiana passe a ter gerência plena de recursos da área (veja aqui). “Não sei como [a prefeitura] vai viabilizar a manutenção de todos os hospitais que o estado faz a gestão em Salvador. Os recursos do SUS [Sistema Único de Saúde] representam 1/3 do que é gasto”, afirmou Vilas-Boas.
Segundo o chefe da Sesab, sem a gestão compartilhada, a prefeitura teria que gastar, pelo menos, R$ 100 milhões para a administração das unidades. “Evidente que, se o estado tiver que transferir os hospitais, não vai transferir com recursos do estado. Os recursos pertencem a todos os municípios”, declarou.
Fábio Vilas-Boas afirmou, ainda, que é estranho a prefeitura querer acabar com a gestão compartilhada, já que, na semana passada, segundo ele, foi assinado a manutenção do Programação Pactuada e Integrada (PPI).