Na manhã desta terça-feira (31), o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Carlos Martins, reuniu-se com a comandante da Operação Ronda Maria da Penha, major Denice Santiago, e a Coordenação de Políticas para a Juventude da SJDHDS. Em pauta, parcerias para a campanha dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres, celebrada em novembro.
“Todos nós vibramos com o sucesso da major e da Ronda, e nos colocamos à disposição para ajudar no que for possível. Essa luta é, também, uma luta nossa e de todos que acreditam na proteção e defesa dos Direitos Humanos”, afirmou o secretário.
A proposta é de promover uma oficina de grafite com as mulheres vítimas de violência doméstica, atendidas pela Ronda Maria da Penha na sua sede, no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) no bairro de Periperi, subúrbio ferroviário de Salvador. “Queremos levar, para aquele muro, as lições de vida e de renascimento dessas mulheres”, destacou Denice Santiago que, no início do mês, conquistou o Prêmio Claudia, na categoria Políticas Públicas, pelas ações desenvolvidas desde a criação da unidade especializada da PM, que protege mulheres vítimas de violência no Estado. Trata-se da maior premiação feminina da América Latina.
Atualmente, são 690 mulheres assistidas na unidade, inaugurada em março do ano passado. Elas já participam da ação “Mulheres de Coragem”, que promove oficinas diversas (empreendedorismo, artes, dança, teatro), palestras e bate-papos nos meses de março (quando se comemora o Dia Internacional da Mulher) e novembro. “São ações de socialização e empoderamento, que ajudam a resgatar a autoestima dessas mulheres”, pontuou a major, que criou a ação por iniciativa própria.
Para as oficinas de grafite, a ideia é que as próprias oficineiras sejam, exclusivamente, mulheres, do coletivo Donas do Rolê e com a participação de alunas de escolas que já tiveram as oficinas do Mais Grafite. O projeto do Governo do Estado, que é coordenado pela SJDHDS, já realizou ações, com aulas teóricas e práticas, em oito colégios – outros nove participarão até o fim do ano.
“É preciso aprofundar, ainda mais, essa questão da violência contra a mulher e de forma integrada, até para permitir uma expansão das políticas de combate e proteção como a Ronda já vem fazendo”, defendeu Carlos Martins. “E o Mais Grafite tem também esse potencial, de fomentar a autoestima e o empoderamento, dando voz e visibilidade às causas sociais através da arte”, enfatizou.