Enquanto esperava para realizar exames ginecológicos de rotina na manhã desta quinta-feira (14), Maria Selma dos Santos, estava atenta às informações passadas pela equipe da Unidade de Saúde da Família Espaço Cidadão (USF), na Itinga, sobre a sífilis. A sala de espera faz parte da programação do Outubro Verde. A campanha, que acontece durante todo mês em todas as unidades de saúde de Lauro de Freitas, intensifica a necessidade de buscar atendimento médico periódico, além de informar sobre as formas de contágio, diagnóstico, prevenção,
A dona de casa conta que nunca tinha ouvido falar na sífilis. “Eu sempre cuidei de filhos, netos, mas agora vou cuidar de mim”, disse enquanto se dirigia para uma sala reservada onde as enfermeiras realizavam o teste rápido que detecta em menos de 15 minutos a presença da bactéria, a Treponema pallidum, causadora da doença. “Muito rápido, só uma gotinha de sangue e depois o resultado, graças a Deus negativo”, comemorou.
A enfermeira Marcele Pereira, explica que o diagnóstico e tratamento da doença podem ser feitos em qualquer uma das 16 Unidades de Saúde da Família espalhadas no município e no Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado na Avenida Renato Cunha, no Centro. “A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e que tem cura. Por isso é importante o uso da camisinha feminina ou masculina e acompanhamento pré-natal de gestantes para evitar contaminação do feto”, disse.
Marcele alertou que se a pessoa for detectada positiva para a doença, o parceiro ou parceira também deve iniciar o tratamento que é feito à base de penicilina. A doença tem evolução dividida em estágios e pode não apresentar sintomas por um longo período. “Quando apresenta sintomas, os mais comuns são verrugas e feridas na região genital. O indivíduo com sífilis primária também pode apresentar os gânglios inchados e alterados, além de pequenos caroços na região da virilha”, falou.
Em Lauro de Freitas, no ano de 2020 foram diagnosticados 65 casos de sífilis. Já de janeiro a setembro deste ano, cerca de 32 casos da doença foram notificados pela Vigilância Epidemiológica (Viep) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), destes 13 foram detectados na Itinga, o bairro tem a maior quantidade de infectados pela doença nos últimos dois anos.
A redução de diagnósticos acende um alerta. De acordo com o diretor da Viep, Daniel Assis, devido a pandemia do coronavírus, aliado à sífilis ser uma doença com manifestação tardia de sintomas na maioria dos casos, muitas pessoas não buscam atendimento periódico. “O teste rápido deve ser realizado ao menos duas vezes ao ano. Caso o resultado seja positivo é realizado um novo teste laboratorial e após confirmação o tratamento é iniciado totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, contou.
Jornalista: Giovanna Reyner
Foto: Maína Diniz
14/10/2021
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