Manchas brancas ou avermelhadas na pele e sem sensibilidade. Esses são alguns indícios de que uma pessoa pode estar com hanseníase. A doença, infecciosa crônica e curável, é o foco da campanha Janeiro Roxo. Entre os dias 27 e 31 de janeiro, Lauro de Freitas intensificará o alerta sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento, com a triagem de manchas suspeitas. A ação será a partir das 8h, no Centro de Referência em Tuberculose e Hanseníase (CRTH), localizado na Avenida Bispo Renato Cunha, no Centro.
De acordo com a enfermeira do CRTH, Jeane Figueredo, o Centro é referência para o tratamento da doença no município. “Geralmente os pacientes chegam à unidade com um relatório médico onde há suspeita. Eles são avaliados pela dermatologista e encaminhados para exames”, contou. Na unidade, os casos positivos para a hanseníase são acompanhados por uma equipe multidisciplinar composta de enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e médicos dermatologistas.
A doença é uma infecção crônica normalmente causada pelo bacilo álcool-ácido resistente Mycobacterium leprae, que apresenta um tropismo incomparável pelos nervos periféricos, pele e membranas mucosas do trato respiratório superior. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele, com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.
Atualmente em Lauro de Freitas, 28 pacientes são acompanhados no CRTH. A hanseníase pode ser curada com 6 a 12 meses de terapia com vários medicamentos. O tratamento é recomendado de acordo com a resposta do organismo à presença da bactéria. Se realizado precocemente, evita deficiências. “É importante que estejamos alerta aos sinais do nosso corpo, manchas, perda de sensibilidade do calor, frio ou tato além de fisgadas ou dormência nas extremidades do corpo são os principais sintomas da doença”, pontuou Jeane.
O tratamento é dispensado gratuitamente na unidade. Os antibióticos e corticoides são prescritos sob orientação médica. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas, rompendo a cadeia epidemiológica de contagio. Dessa forma, a transmissão da doença é interrompida logo no início do tratamento, que quando realizado de forma completa e correta, garante a cura da hanseníase.
Jornalista Giovanna Reyner
ASCOM/PMLF
14/01/2020
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