
O secretário de saúde de São Paulo Jean Gorinchteyn afirmou, nesta quinta-feira (19) que o governo assinará um decreto determinando a não desmobilização de qualquer leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e leitos de enfermaria voltadas a pacientes com covid-19. Além disso, o secretário afirmou ainda que será determinada a não realização de cirurgias eletivas para garantir leitos a casos supeitos de covid-19.
Redobramos a atenção e a cautela frente a instabilidade dos números. Mas não tivemos uma visão muito clara e embasada por isso decidimos não fazer a recalibragem do Plano São Paulo, determinar aos hospitais que não desmobilizem leitos destinados à pacientes com covid-19 e não marcando cirurgias eletivas”, afirmou o secretário.
Gorinchteyn afirmou ainda que as equipes de fiscalização de São Paulo percebeu que muitas aglomerações ocorrem fora dos estabelecimentos comerciais. “Com a chegadas dos fiscais muitas aglomerações se dispersam. Além disso, temos que nos lembrar que as aglomerações ocorrem em festas dentro de casa disseminando o vírus para mais pessoas. Nesse momento, os dados não sustentam qualquer mudança no Plano São Paulo.”
Os números de internações tendem a uma elevação de 8%. “Se tivermos um aumento de internações nas últimas semanas já era hora desses dados terem sido computados.” O secretário executivo João Gabardo afirma que houve um “pequeno recrudescimento” na pademia. “Vamos voltar a avaliar de 14 em 14 dias e não de 28 em 28”, disse.
“Não seguir avançando com a retomada é uma grande medida restritiva. Estamos abaixo do limite de internações e mortes por covid-19. Houve uma variação para cima na curva, mas foi uma variação pequena”, afirmou Patrícia Ellen.
O médico José Medina, coordenador do Comitê do Centro de Contingência da Covid-19, afirmou que a campanha eleitoral em todo o país pode ter sido um fator que colaborou com a disseminação do vírus, que envolveu mais de 500 mil candidatos.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, comentou a chegada das 120 mil doses da vacina CoronaVac, produzida em parceria com o laboratório chinês, Sinovac. “As vacinas representam o início do processo que culminará com 46 milhões e podemos, com o apoio do Ministério da Saúde, chegar a 100 milhões em maio. O fato de ser a primeira em continente americano é um enorme avanço”, afirmou.
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