Na contramão
A guerra contra as más estatísticas é miúda, cotidiana, cheia de coisinhas. De repente chega um vírus como o corona, e exige baixar as más estatísticas em regime de urgência.
Rui e Neto se dizem no caminho certo. As estatísticas cá são das melhores do país, mas ambos dizem que o pior ainda virá. E não mensuram a vastidão do estrago quando o vírus impregnar as favelas. O sufoco na saúde é quase certo. Nos cemitérios também. E cenas dramáticas na TV, idem.
Seja lá qual for o final dessa história, não teremos muito a comemorar. O estrago é muito grande. Para Rui e Neto, vai ficar a sensação do dever cumprido, o que já é bom.
E Bolsonaro, que ao invés de guerrear contra o corona, briga contra a forma científica de encarar o vírus de forma ostensiva e ainda patrocina sucessivas crises políticas. Vai colher infortúnios. E já.