Em pronunciamento à corporação, durante a apresentação do esquema de segurança preparado para o Carnaval, o governador Rui Costa falou sobre a relação entre demanda e oferta do tráfico de drogas. Ele exemplificou com o caso de um prefeito de uma cidade baiana de 8 mil habitantes que relatou o aumento do número de traficantes no município. “Se no dia da feira, 9h da manhã, todos os tomates tiverem sido vendidos, no sábado seguinte você acha que vai ter quantos vendedores de tomate? Deve ter uns 20”, compara. Se tem hoje um número de traficantes grande nessa cidade de 8 mil habitantes, é porque alguma coisa está acontecendo de muito errada na sociedade”, acrescenta. Rui ainda argumentou que os usuários tem responsabilidade sobre as consequências da comercialização de drogas no estado. “O que nós precisamos falar de forma muito madura, e eu vou repetir em todo lugar, incomode quem incomodar. Eu não aceito hipocrisia; o mesmo que está fazendo discurso na imprensa, criticando a segurança pública, é o mesmo que no final de semana ou à noite está comprando droga na mão do menino de 10, de 11, de 12. Está com a mão suja de sangue e responsável por essa carnificina que nós temos no Brasil”, criticou. No discurso, Rui também fez um afago à tropa e citou também o projeto que modifica o projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para modificar o acesso ao Prêmio por Desempenho Policial (PDP), facilitando o recebimento da gratificação, incluindo para áreas especializadas. “Ele eleva o prêmio em mais de 75% para os que atingirem os indicadores”. A meta, segundo o governador, é que até o fim do primeiro semestre o governo saia do limite prudencial , o que permitirá o pagamento retroativo a este período.
Fonte : Bahia Noticias