A saída de Zé Trindade (PSB), presidente da Conder, da disputa para ser o nome de oposição em Salvador, em 2024, gerou um novo momento político para o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Aliados do primeira hora de Rui indicaram ao Bahia Notícias que ele deve se desligar das discussões no município.
O indicativo foi que, com a saída de Trindade do embate pré-eleitoral, Rui, que era um dos principais “padrinhos” de Zé, teria avaliado que um afastamento seria mais proveitoso neste momento. O ministro teria abdicado de participar diretamente das construções na capital baiana, endereçando força para o interior do estado.
Segundo um dos aliados, Rui segue “preocupado” com a articulação nas 10 maiores cidades da Bahia. “Ele tem pensado como vencer onde perdemos no interior. Das 10, só tivemos Jequié”, indicou um deles.
Com candidaturas competitivas em Feira de Santana, Vitória da Conquista e Camaçari – top 4 entre as maiores, sem contar com Salvador – o ex-governador estaria em busca da ampliação do diálogo. Cidades como Juazeiro, Lauro de Freitas, Barreiras e Ilhéus, integrantes do bloco das 10 maiores, seriam o foco de Rui.
Outro fator apontado como preponderante para o “desligamento” de Rui dos bastidores em Salvador são as atividades em Brasília. Lançando o Novo Pac, o ministro deve ter uma maior intensidade nas atividades pelo país, dificultando a presença de forma mais ativa no estado. O movimento estaria sendo interpretado como uma “passagem de bastão” efetiva para o governador Jerônimo capitanear o processo eleitoral.