Foto: Flávio Soares / Câmara dos Deputados
Com maior apoio dos parlamentares – 293 votos – o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara Federal, nesta quinta-feira (2). Assim como Eunício Oliveira, que foi eleito presidente do Senado nessa quarta (1º) (veja aqui), o presidente da Câmara foi citado na Operação Lava Jato. Na delação do ex-diretor da Petrobras, Cláudio Melo Filho, ele foi acusado de receber R$ 100 mil para quitar despesas de campanha. Maia só anunciou sua candidatura na terça (31), pouco depois de o Superior Tribunal Federal (STF) recusar o pedido dos opositores para barrar sua participação na disputa, mas há meses faz campanha nos bastidores. O argumento usado pelos adversários era de que a Constituição e o Regimento Interno da Casa impedem que membros da Mesa Diretora sejam reconduzidos ao cargo dentro da mesma legislatura – caso do democrata, eleito presidente para substituir Eduardo Cunha (PMDB), que teve seu mandato cassado em julho do ano passado. Maia, que conta com o apoio do PCdoB, ficou conhecido também como o favorito do presidente Michel Temer ao cargo. Outros cinco deputados disputavam o pleito: Jovair Arantes (PTB-GO) com 105 votos; André Figueiredo (PDT-CE), que reuniu também o apoio do PT, mas não conseguiu todos os partidos da oposição, a exemplo do PSOL que lançou candidatura própria, com 59; Júlio Delgado (PSB-MG) com 28; Luiza Erundina (PSOL-SP) com 10 e Jair Bolsonaro (PSC-RJ) com 4 votos. Cinco deputados votaram em branco. Os dois últimos lançaram candidatura apenas nessa quarta (1º), véspera da eleição.