Frase da vez
“Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão”
Jean-Paul Sartre, escritor e filósofo francês (1905-1980).
Olhando de relâmpago a representação política baiana, Roberto Muniz (PP), que ao lado de Otto Alencar (PSB) e Lídice da Mata (PSB) forma o trio de senadores baianos, parece um estranho no ninho num ambiente político tão conturbado como no Brasil dos últimos tempos.
Ele é um engenheiro que trabalhava em construtoras guinchado para a política por João Leão. Foi vice-prefeito de Lauro de Freitas, depois prefeito, secretário de Estado (governo César Borges), deputado estadual e em 2010 pegou o boné, voltou para a vida empresarial.
Roberto saiu da política, mas deixou um pezinho lá. Entrou na chapa de Jaques Wagner como suplente do senador Walter Pinheiro. Tocava a vida como presidente executivo da Associação Nacional das Empresas Concessionárias de Água e Esgoto, quando Pinheiro virou secretário e ele desceu de pára-quedas no Senado.
Assumiu em junho de 2016. Focou o mandato em fazer projetos. Em seis de abril último, chegou a se despedir com festas e pompas. Não sabia que Pinheiro permaneceria secretário e ele senador. E como Muniz vislumbra o cenário político?
— Da hora que eu assumi até hoje quase nada mudou. Nós temos 30% da população querendo Lula, outros 30% querendo matar Lula e o resto querendo matar os dois lados. É um cenário ruim.
No fim do mandato Muniz diz que voltará a vida empresarial. Será?
P / Levi Vasconcelos