O senador Roberto Muniz (PP-BA) destacou a importância e a força da economia criativa da Bahia, ao registrar os números dos setores envolvidos na indústria do Carnaval e parabenizar o filme documentário Axé – Canto do Povo de um Lugar, do cineasta baiano Chico Kertész.
O parlamentar classificou seu pronunciamento desta terça-feira (7) no Senado Federal como “um registro de felicidade no ambiente de tantas incertezas por que passa o Brasil”. Segundo Muniz, a folia neste período ajudou a aquecer os negócios não só na capital baiana, mas também em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, por exemplo.
“Em São Paulo, foi registrado um crescimento de 167,5% no número de turistas no Sambódromo e de 203% no carnaval de rua, além de crescimento na participação de turistas na festa de 7,7%, em 2016, para 20,6%, em 2017; no Rio de Janeiro, a estimativa é de que 1,1 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros tenham visitado o estado, gerando uma movimentação financeira em torno de R$ 3 bilhões”, relatou.
Dos órgãos oficias do Turismo na Bahia e no Brasil, ele citou a ocupação hoteleira em Salvador de 95% no período de Carnaval, gerando 200 mil empregos temporários, além de dados que apontam que 600 mil turistas passaram pela capital baiana, 10% de estrangeiros. “Em todo o estado foram registrados cerca de 2 milhões de visitantes, que injetaram R$ 1,5 bilhão na economia baiana”, destacou.
Movimento AXÉ – Para Muniz, a Economia Criativa fortalece uma rede de negócios que gera emprego e renda. Ele defendeu a indústria do entretenimento como forma de incrementar a economia nacional: “Precisamos ser mais atentos ao que a Cultura Brasileira pode representar em termos de empregabilidade e renda”.
O senador citou a capilaridade como que a música na Bahia, sobretudo o movimento Axé, atravessa a economia: “Apenas uma banda, uma atração musical gera cerca de 12 a 13 postos de trabalho com os músicos. Se somarmos a isso o entorno com figurinos, aluguel de palco, som, luz, transporte, gravação de som, de vídeo clipes, assessorias de imprensa, teremos uma dimensão do que representa apenas uma atração musical na geração de emprego e renda”.
Roberto Muniz aproveitou para registrar o sucesso do filme Axé – Canto do Povo de um Lugar, do cineasta baiano Chico Kertész. “Brilhante filme, algo que imortaliza a cultura baiana”, definiu ao parabenizar o jovem cineasta, “que soube ter a coragem de selecionar um tema de conteúdo local para sua estreia no cinema”.
Para o senador, o filme reforça a importância do conteúdo nacional e regional na televisão e no cinema brasileiro: “Quem gosta do Axé se enxerga nele. Simplesmente emocionante assistir a um filme onde os personagens, a estória e as emoções fazem parte da sua geração. E o Axé faz parte da vida de muitos baianos e de muitos brasileiros”.
Ele destacou ainda os artistas do movimento Axé: “Onde cada artista do Axé tocou, ele, com orgulho, leva consigo a Bahia. Nossos artistas são símbolos de nosso estado. Verdadeiros monumentos móveis”.
O segundo registro do senador em relação ao momento especial da Axé Music foi a homenagem da Escola de Samba Grande Rio a Ivete Sangalo. “Como não ficar alegre quando o assunto é Ivete Sangalo? Foi um grande encontro: o carnaval do Rio e a Bahia, a Grande Rio e a Grande Ivete, o povo carioca e o povo baiano”, disse.
Ele encerrou o discurso dando nota dez para a Grande Rio, Ivete Sangalo, os estados da Bahia e do Rio de Janeiro e todos aqueles que acreditam na cultura como forma de movimentar a economia, gerar empregos e renda.