Em artigo no jornal Folha de São Paulo, neste domingo (08) de Dia da Mulher, a repórter Patrícia Campos Mello falou da dificuldade que enfrenta na profissão apenas por ser mulher.
Ela foi a jornalista atacada pelo presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas – em um dos episódios, Bolsonaro sugeriu que a repórter faria tudo “para dar o furo” – por ter feito uma série de reportagens denunciando a compra de disparo em massa de mensagens em aplicativos.
“No Brasil, estamos descobrindo que ser mulher nos transforma em alvos. As agressões que sofremos têm sempre uma conotação preconceituosa: dizem que as jornalistas são feias, gordas, velhas ou prostitutas; expõem seus filhos, maridos ou pais. Eu não fui a primeira e não serei a última mulher a sofrer ataques misóginos simplesmente por fazer jornalismo no Brasil”, escreveu Patrícia no artigo.
“Jornalista não é notícia. Queremos nos ater ao que é importante: apurar reportagens, investigar, fazer jornalismo. As críticas são sempre bem-vindas. Mas que sejam críticas ao nosso trabalho, e não ataques ou deboche sobre nossa aparência, nossas famílias, nem tentativas de nos expor ao escárnio nas redes sociais”, acrescentou.