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Por Altamiro Borges
Reinaldo Azevedo bem que se esforça para defender o covil golpista de Michel Temer. É blogueiro da Veja, colunista da Folha e comentarista da rádio Jovem Pan – três veículos que ajudaram a patrocinar o “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma. Mas, pelo jeito, ele está encontrando dificuldades para convencer até os seus fanáticos seguidores. Na semana passada, o agressivo pitbull – com todo o respeito ao estigmatizado cachorrinho – disparou seus petardos contra “a histeria dos porras-loucas” da direita nativa. Para ele, os famosos “coxinhas” estariam sendo injustos com o governo ilegítimo. O artigo parece de um serviçal “porra-louca” do Judas Michel Temer.
Logo na abertura, Reinaldo Azevedo pede calma aos seus seguidores angustiados. “Quantas vezes, leitor, aquele seu amigo que vestiu verde e amarelo e estreou nas ruas gritando ‘Fora, Dilma’ já o encontrou numa festa, no shopping ou no Metrô e reclamou de Michel Temer? A meio-tom, pesaroso, como se tentasse esconder até de si mesmo a decepção, exclama: ‘Esse Temer é muito devagar!’ Então, meu caro, eu gostaria de tranquilizá-lo um pouco, apesar dos números do Datafolha, que deveriam ser lidos com lupa pelos conservadores, nem sempre instruídos pela lógica elementar”. Na sequência, contrapondo-se aos números da própria Folha, ele jura que o covil golpista é um sucesso.
Ele até lista os “avanços” do covil golpista “neste pouco tempo”. Cita, por exemplo, a aprovação da PEC da Morte, que congela por 20 anos os gastos públicos em saúde e educação; a medida provisória do ensino médio, que faz o país regredir à idade média; a entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo; e a proposta da reforma da Previdência, que fará com que muitos “midiotas” que seguiram os seus conselhos morram antes de se aposentar. Reinaldo Azevedo também aponta os entraves a atual gestão: “Não me lembro de tão explosiva conjugação de irresponsabilidades oriundas do Judiciário, Ministério Público, Legislativo e de setores da imprensa (sim, sempre estamos no meio…)”.
Ao final, o servil “porra-louca” do usurpador rechaça os “extremistas de esquerda e de direita que gritam ‘Fora, Temer’”, e faz um apelo aos seus desconfiados seguidores: “Por isso digo: ‘Dentro, Temer’”. Patético! Está difícil justificar o soldo!