Em busca de ampliar o rol de alianças em vistas da governabilidade no Congresso, o PT está tentando atrair o Republicanos para a base do governo. A expectativa é que a sigla aceite o convite de compor a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda em 2023.
No entanto, segundo integrantes do Republicanos, escutados pelo jornal Folha de S. Paulo, maior parte da bancada na Câmara resiste a uma aliança com os petistas. A adesão, acreditam, só deverá avançar se houver uma negociação por espaço no primeiro escalão do novo governo.
Para evitar uma derrota na votação da PEC da Transição, interlocutores de Lula procuraram cardeais do Republicanos. No diálogo, segundo negociadores do presidente, o PT indicou que irá apoiar a candidatura de Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para a vaga aberta no TCU (Tribunal de Contas da União).
Outro aceno deve ser a sustentação à candidatura do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), para a primeira vice-presidência da Câmara na eleição de fevereiro.
Há uma disputa entre Republicanos e PL, que terá a maior bancada da Câmara, pela vice-presidência da Casa. Os dois partidos são próximos do presidente Arthur Lira (PP-AL), que tem se fortalecido na campanha à reeleição.
As demandas do Republicanos foram colocadas à mesa de negociação com o PT às vésperas de uma votação de interesse de Lula –um dispositivo na PEC para facilitar a revogação do teto de gastos em 2023. O acordo acalmou a bancada do Republicanos e o novo governo conseguiu manter esse trecho.