A composição nutricional de variedades dos méis de aroeira e silvestre, da Caatinga, da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores e Apicultores do Médio São Francisco – Coopamesf e da amêndoa e do óleo de licuri, do Semiárido baiano, da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina – Coopes, avaliados em pesquisa realizada pelo VP Centro de Nutrição Funcional, por meio de parceria firmada com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR, por meio do projeto Bahia Produtiva, surpreendeu nutricionistas e médicos (as) em evento internacional, realizado neste mês de setembro, em São Paulo.Os resultados dessas pesquisas foram apresentados durante os congressos internacionais VII de Nutrição Funcional, 1º de Nutrição Plant Based e 1º de Medicina Funcional Integrativa, pela CEO do VP Centro de Nutrição, Dra. Valéria Paschoal.
Entre os objetivos da pesquisa estavam a quantificação do teor de vitaminas e minerais e compostos fenólicos totais, além da avaliação sobre a presença de probióticos. Entre os resultados obtidos nas amostras de mel, em geral, está a presença, em maior quantidade, de niacina (vitamina B3) e piridoxina (vitamina B6), e de minerais como cálcio e magnésio, além de compostos fenólicos, entre outras propriedades nutricionais.
“Analisar diferentes tipos de méis e verificar o teor de nutrientes e os compostos bioativos de capacidade antioxidante que esses méis possuem foi novidade para mim, enquanto cientista, e quando eu socializei esses resultados nas minhas palestras nos três congressos, o pessoal ficou encantado em saber que os nossos méis tem um teor muito melhor do que méis reconhecidos como os principais do mundo nessa composição”, destacou a Dra. Valéria Paschoal.
Fernando Cabral, coordenador do projeto Bahia que Produz e Alimenta, que coordenou o Bahia Produtiva, destacou o resultado das pesquisas sobre as capacidades imunológicas do mel da Caatinga e sobre as inúmeras propriedades do licuri. “Ressalto os resultados sobre a capacidade do mel de trazer benefícios ao sistema imunológico em seres humanos, a partir de uma abordagem focada na alimentação natural e valorizando os produtos da agricultura familiar da Bahia. Sobre o licuri destacou-se o percentual menor de carboidratos, a maior existência de proteínas em relação à macadâmia, por exemplo, e a quantidade de fibras superior à da castanha de caju, além dos níveis superiores de ferro, vitaminas C e E, em relação a outras castanhas”.
Potencial nutricional do licuri
Nas pesquisas das amostras, tanto da amêndoa quanto do óleo de licuri, foram encontradas ainda a Piridoxina (vitamina B6), Cianocobalamina (vitamina B12), Retinol (vitamina A) e (Colecalciferol (vitamina D), além de minerais como Cálcio, Ferro, Magnésio, Selênio, Potássio e Sódio, entre outras propriedades nutricionais.
Valéria salientou o quanto foi satisfatório apresentar, para médicos (as) e nutricionistas, o coquinho licuri, do Semiárido. “Nossas pesquisas mostraram o valor nutricional e a composição entre os ácidos graxos, de maneira brilhante. Foi uma novidade tão grande que as pessoas falavam: ‘eu nunca ouvi falar de licuri, não conheço, não consumo’. Com essas pesquisas, eu tenho certeza absoluta que o Brasil e o mundo vão conhecer o licuri, que é um alimento com um potencial nutricional incrível, sustentável e que a base é de mulheres quebradeiras do licuri. Então, nós estamos promovendo geração de renda e uma mudança na estrutura social do nosso país”.
Para acessar os resultados das pesquisas na íntegra clique aqui.
Relatório de Análise de Composição dos Méis: www.car.ba.gov.br/node/15623
Relatório de Análise da Composição da Amêndoa e Óleo do Licuri: www.car.ba.gov.br/node/15624
Por: Silvia Costa
Fotos: Valéria Paschoal (VP Nutrição Funcional) e ASCOM/CAR-GOVBA