A memória é o que se atualiza com o tempo e não deixa a identidade cultural morrer. Partindo desse princípio, a Escola Municipal Ana Lúcia está desenvolvendo o Projeto Memórias de Santo Amaro de Ipitanga, coordenado pelo professor Claudio Sampaio Nogueira, com o apoio da revista Vilas Magazine. Cinco educandos, do 9º ano do Ensino Fundamental II, matriculados na unidade, produziram cinco contos sobre lendas e tradições do município, adaptando à contemporaneidade. Além disso, o projeto compreende um canal no You Tube, com mesmo nome, narrando a vida de personalidades históricas do município, como as beijuzeiras da comunidade do Quingoma.
Na manhã desta segunda-feira (17), o projeto foi apresentado à secretária Municipal de Educação, Vânia Galvão, em um café da manhã realizado em um sítio na comunidade de Areia Branca. Participariam do encontro, o professor Cláudio Nogueira, a gestora da Escola Municipal Ana Lúcia, Vilma de Deus, o diretor da revista Vilas Magazine, Carlos Accioli Ramos, acompanhado de sua esposa e filho. Também estiveram presentes no café da manhã, quatro mulheres que fazem parte da pesquisa realizada pelo projeto: Aideê Nascimento dos Anjos, Andrelina Rosa de Oliveira Barbosa, Basília Bispo dos Santos e Augustina de Melo.
Dois dos educandos produtores dos contos também estiveram presentes na reunião. A estudante Kailane Oliveira, que escreveu sobre o ‘Lobisomem’, e seu colega Caíque Costa Barbosa, que leu seu conto intitulado ‘Caipora’. Um vídeo da leitura está disponível na fanpage da Semed (@educalauro). Os outros jovens escritores são Maria Eduarda Fiallio, que narrou ‘A história de Teteu’; Cauã Silva, que produziu sobre ‘Gincanas’; e Jean Machado que trabalhou com o tema ‘Taubinhas e brincadeiras na praia’.
Segundo o professor Claudio Nogueira, o objetivo do projeto é “trabalhar o resgate da identidade cultural do nosso município nas escolas, permitindo aos educandos conhecerem nossas personagens históricas, utilizando das tecnologias para aproximar os jovens de nossas raízes”. Memórias de Santo Amaro de Ipitanga surge após a exibição do filme homônimo, na escola, produzido pelos próprios educandos.
A secretária Vânia Galvão ressaltou que projetos como estes são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, ampliando suas capacidades de perceberem a cidade a partir das tradições, ao mesmo tempo em que os possibilitam a ter novas experiências com a cidade. “Isso faz parte do processo pedagógico, é um estímulo à pesquisa, ao raciocínio e a produção de conhecimentos”, afirmou.
Vânia ainda considerou que “atividades como estas colaboram para a redução da evasão escolar que registramos nos últimos anos”. A secretária também falou que tem buscado parcerias com instituições de ensino superior, como a Universidade Federal da Bahia, para fomentar a produção de outros projetos como estes na rede municipal de ensino.
LF 17/06/19
ASCOM/PMLF/SEMED
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