Campanha Bote Fé do Governo do Estado beneficiando instituições como o Projeto Crescer de Lauro de Freitas
Pessoas físicas e jurídicas podem doar um percentual do Imposto de Renda (IR) para projetos sociais através do Fundo Estadual de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Fecriança). A Bahia oferece condições especiais para pessoas e empresas contribuírem para o desenvolvimento infantil sem que o investimento pese no bolso. Por meio da campanha Bote Fé no Futuro, o Governo do Estado reforça a importância da aposta conjunta em políticas públicas que garantam a promoção, proteção e defesa dos direitos dos menores em situação de vulnerabilidade social.
As pessoas físicas que declaram no modelo completo do Imposto de Renda podem destinar até 6% do imposto devido, se a doação for feita entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano base. Já as pessoas jurídicas que declaram IR pelo Lucro Real têm a possibilidade de deduzir até 1% no imposto a pagar ou acrescido ao IR a restituir.
A coordenadora do Fecriança, Tânia Almeida, explica. “Não existe complicação neste procedimento. A verba destinada para o Fecriança é uma verba que já sairia do bolso das pessoas ou do cofre das empresas. A diferença é que a doação para o fundo é um direcionamento para projetos que vão cuidar do acolhimento e desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes”, ressalta
O Fecriança é mantido prioritariamente por doações, apesar de contar com uma parte de fomento do orçamento do estado. O Fundo é administrado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), juntamente com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei Estadual 6.579/1994 e reestruturado pela lei 12.586/2012.
Pessoa física, a bancária Luiza Gouveia assumiu um compromisso moral com o público infantil, redirecionando 6% do imposto de renda para o Fundo. “É um motivo de orgulho e satisfação. Doar, para mim, faz bem. Não só faz bem para quem está recebendo, isso faz com que eu me sinta uma pessoa melhor. Eu sou uma Luiza melhor porque eu faço essas doações. Não penso no momento atual, eu tô pensando no futuro. Estou pensando em filhos, netos, vizinhos e comunidades inteiras”, destaca.
A Dealer Net, empresa de desenvolvimento de software para a indústria automotiva, sabe o valor de apostar no público infantil. Todo ano, o direcionamento do IR para o Fecriança é garantido. Para funcionários e proprietários da organização, a nova utilização do dinheiro é considerado um investimento a longo prazo. “Na nossa região a gente sabe que tem várias áreas de risco social. Trazer para cá reduz a violência na região de Vilas do Atlântico e Lauro de Freitas. Apoiando e investindo nesses projetos, nós temos o objetivo de formar o caráter social desses meninos para que eles tenham capacidade de seguir na vida de uma forma prática sem serem levados para a violência, a atuar de forma ilícita”, ressalta Luís Eduardo Santos, gerente administrativo.
O valor direcionado pela empresa para o Fecriança contemplou o Projeto Crescer, desenvolvido na comunidade da Lagoa dos Patos, em Lauro de Freitas. A instituição oferece uma gama de atividades de inclusão para pessoas de 6 a 17 anos. Cerca de 270 crianças e adolescentes têm a oportunidade de participar de aulas de informática, judô, futsal, capoeira, dança, música, reforço escolar, entre outras tarefas.
De acordo com a coordenadora do projeto, Raimunda Araújo, sem as doações não seria possível promover estímulos para uma mudança de contexto. “É através de projetos sociais que muitas pessoas iniciam seus projetos de vida. Sem as parcerias e sem as pessoas acreditarem numa campanha como esta, não tem como os projetos sociais existirem”, afirma.
Aos 14 anos, não faltam força e técnica a Alessandra Silva dos Santos. É difícil derrubar a garota que já conquistou doze medalhas no judô. Participante do Projeto Crescer, ela se tornou imbatível na arte de nunca desistir. A menina sonha alto, mas não se esquece das raízes. “Quero ser uma atleta profissional e desenvolver um trabalho voluntário e ajudar o pessoal. Estou crescendo por conta do voluntariado e quero ajudar as pessoas da mesma maneira que eu fui ajudada”, enfatiza a garota.
Fonte: Secom-BA