Mais um exemplo de que a unidade garante vitória. Graças à pressão dos empregados da Caixa, o Conselho de Administração (CA) voltou atrás e, depois de um acordo, excluiu do texto votado nesta quinta-feira (07/12) o item que transformava o banco em sociedade anônima, afastando o perigo que rondava a instituição financeira. Toda a sociedade brasileira ganha com a decisão.
Agora, a redação final do Estatuto precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores. “Essa é uma vitória da mobilização dos empregados da Caixa e da população, que demonstra que unidos podemos enfrentar os setores que querem destruir o banco. Continuaremos em alerta para defender a Caixa 100% pública”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos.
Não é de agora que os empregados lutam para impedir que a instituição seja transformada em S/A. A mobilização vem desde o PLS 555 que, graças à forte pressão de bancários, parlamentares e representantes da sociedade civil, conseguiu impedir a abertura de capital do banco. O assunto voltou à pauta recentemente com a justificativa da equipe econômica do governo de que a alteração melhoraria a governança no banco.
A Caixa é um dos principais instrumentos de políticas públicas do país, portanto entregá-la ao mercado é colocar em risco programas sociais fundamentais para o desenvolvimento. Para se ter ideia, no primeiro semestre do ano, a carteira imobiliária totalizou R$ 421,4 bilhões. As operações de saneamento e infraestrutura também cresceram, chegando a R$ 79,9 bilhões.